A produção do arroz aumentou para 21,5 mil toneladas, em Camacupa, durante a Campanha Agrícola 2022-2023, mais 6,3 mil toneladas que na campanha anterior, um desempenho em 90 por cento atribuído às fazendas agro-industriais implantadas no município.

O director municipal da Agricultura e Pescas, Esperançoso Sathcikambi, que, ontem, forneceu estas informações à nossa reportagem, afirmou que os níveis de produção da arroz são crescentes em Camacupa, onde a actividade é liderada pelas fazendas Ligação Agropecuária de Catenga (com 900 hectares) e a Agro-industrial de Camicundo (pertencente as FAA).

A Ligação Agro-Pecuária de Catenga embala arroz de primeira (75 por cento de grão inteiro) em sacos de um, 15 e 25 quilos, enquanto a outra oferece um arroz de segunda e de baixo preço.

"Neste momento, a Ligação Agropecuária de Catenga é a número um na produção de arroz, só comparada aos demais projectos dessa natureza muito perceptíveis nas províncias do Cuando Cubango, Moxico, Huambo e Uíge”, afirmou o director municipal.

De acordo com o responsável, o sector da Agricultura Familiar tem contribuído também com parte da produção obtida no município, com uma colheita de nove toneladas assinalada este ano, um número que, apesar de ser ainda incipiente, pode dar lugar a produções mais significativas com um projecto institucional que visa elevar o número de fornecedores de fertilizantes, sementes, fito-fármacos e outros meios.

O responsável informou que o grão é vendido a grossistas nacionais, mas a perspectiva é exportar, essencialmente, para a República Democrática do Congo (RDC) e Zâmbia, através dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB), para o que está previsto o reforço da distribuição de inputs aos camponeses, do que é esperado um incremento da escala de produção.