O Tribunal de Contas de Angola foi eleito, em Paris, capital francesa, para ocupar um dos quatro lugares do Conselho de Administração da Organização Internacional das Instituições Superiores de Controlo com Funções Jurisdicionais (JURISAI).

A integração do Tribunal de Contas de Angola no Conselho de Administração da JURISAI ocorreu nesta terça-feira, durante a primeira Assembleia Geral, realizada no decurso de uma cerimónia constitutiva da organização, que tem, de momento, 32 países-membros.

Na Assembleia Geral, foram, também, eleitos membros do Conselho de Administração da JURISAI, a representação do Tribunal de Contas do Djibouti, Espanha e da Mauritânia.

O presidente do Tribunal de Contas de Angola, Sebastião Domingos Gunza, esteve presente na cerimónia, que assinalou o início da existência formal da organização, realizada nas instalações do Tribunal de Contas de França.

O presidente do Tribunal de Contas de França foi eleito presidente da JURISAI e, para primeiro vice-presidente da organização, o responsável pelo Tribunal de Contas de Portugal.

O segundo vice-presidente da JURISAI é o presidente do Tribunal de Contas do Brasil, também eleito coordenador do Comité Permanente de Finanças, Administração e Comunicação.

O secretário-geral da organização é o presidente do Tribunal de Contas do Reino de Marrocos.

O Tribunal de Contas da Itália foi nomeado coordenador do Comité Permanente relativo ao Ministério Público e, coordenador do Comité Permanente de Capacitação, o Tribunal de Contas do Senegal.

A Assembleia Geral da JURISAI aprovou, igualmente, o primeiro Plano Estratégico da organização para o período 2024-2028.

Num comunicado de imprensa, o presidente do Tribunal de Contas de Angola garante que um dos desafios do país vai ser o de influenciar para que a Língua Portuguesa seja também considerada língua de trabalho na JURISAI, “uma organização que está a dar os seus primeiros passos”.

No documento, Sebastião Domingos Gunza acentua que o Tribunal de Contas de Angola vai contribuir para o desenvolvimento da JURISAI, com uma “experiência de mais de 23 anos, insuflando, na organização, os seus conhecimentos e capacidades”.

O presidente do Tribunal de Contas de Angola discursou na cerimónia, em cujo acto sublinhou que “Angola tem estado comprometida, desde a conferência de Rabat, como membro do grupo de engajamento para a implementação da JURISAI, parti- cipando, activamente, em todas as discussões e reflexões sobre a definição do seu plano estratégico”.

O  director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Tribunal de Contas, Alexandre Cose, deu ênfase ao facto de Angola ser membro fundador da JURISAI e adiantou que a cerimónia constitutiva da organização resulta de um processo de preparação feito por grupos de trabalho que estiveram envolvidos em vários fóruns.

“A lusofonia fica, assim, bem representada na JURISAI, com Portugal, Brasil e Angola, uma organização que tem apenas o inglês e o francês como línguas de trabalho”, destacou Alexandre Cose.