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MINISTRA DA SAÚDE ANUNCIA ARRANQUE DA CAPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA CÓLERA

  03 Feb 2025

MINISTRA DA SAÚDE ANUNCIA ARRANQUE DA CAPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA CÓLERA

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, anunciou, neste domingo, na capital do país, que a campanha de vacinação contra a cólera nas zonas de maior risco, nas províncias de Luanda, Bengo e Icolo e Bengo, começa nesta segunda-feira.

A governante, que falava em conferência de imprensa sobre a situação da cólera em Angola, disse que foram registados até agora, em oito províncias do país, 1.710 casos e 59 óbitos.

A ministra informou que como resultado de um estudo realizado e pela exiguidade do stock de vacinas contra a cólera no mundo, a campanha é implementada apenas nos grandes epicentros da epidemia.

O país, segundo Sílvia Lutucuta, recebeu, no dia 20 de Janeiro, 948.466 doses de vacinas e, em consequência disso, foram seleccionadas as populações a serem imunizadas, de acordo com critérios epidemiológicos.

A vacina utilizada nesta campanha faz parte do stock mundial de reserva da Organização Mundial da Saúde (OMS) para resposta a surtos epidémicos de cólera, disse a ministra, referindo que existem no mundo apenas 8 milhões de doses e para Angola foi disponibilizado menos de 1 milhão de doses.

“O país recebeu no dia 20 de Janeiro apenas 948.466 doses. Em consequência, as comunidades a vacinar foram seleccionadas com base nos critérios epidemiológicos”, explicou.

Para esta campanha vão estar no terreno 6.104 pessoas, entre vacinadores, mobilizadores, registadores, supervisores, bem como pessoal local para garantir uma campanha de bloqueio eficaz, afirmou a ministra, acrescentando que constam , também, Órgãos de Defesa e Segurança, que vão apoiar as equipas.

A par disso, referiu que a vacina para o combate à cólera em Angola, de administração oral, é comercialmente designada por Euvichol e foi pré-qualificada pela OMS em 2015. A mesma é, ainda , fornecida em frascos para ser administrada a indivíduos com idade igual ou superior a um ano por via oral em dose única.

A ministra deu a conhecer que a vacina permite garantir a protecção da comunidade afectada e, consequentemente, a interrupção da transmissão da doença com uma eficácia de até 80 por cento.

Outras medidas

Sílvia Lutucuta alertou, todavia, que a vacinação contra a cólera não substitui as medidas de prevenção, como higiene individual, saneamento básico, comunicação de risco, distribuição e tratamento da água de consumo.

“A vacinação dos epicentros do surto vai permitir proteger todos, pois vai impedir que a doença se espalhe pelas outras áreas do país, daí que fazemos também um apelo às áreas afectadas para que as populações se dirijam aos centros de vacinação, cooperem com as equipas, promovam a campanha nos seus bairros, comunas e municípios para juntos vencermos a cólera”, pediu Para o combate à infecção da cólera, o Ministério da Saúde traçou sete pilares de contingência, que são a gestão de casos, acesso à água potável, segurança e higiene dos alimentos, saneamento e higiene ambiental, vigilância epidemiológica activa, comunicação de risco , engajamento comunitário e a vacinação.

Até ao momento, oito províncias notificaram casos de cólera, nomeadamente Luanda, Bengo, Icolo e Bengo, Cuanza-Norte, Huambo, Huíla, Malanje e Zaire.

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