Cinquenta empresas nacionais, que prestam serviços no sector petrolífero, vão beneficiar, em breve, de financiamento da Sociedade de Investimento de Capital de Risco em Angola, designada por Petro Fund, anunciou nesta quarta-feira, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração.

Em declarações à imprensa, durante o I Fórum de Petróleo e Gás em África (FOGA), Estanislau Baptista reconheceu que a presença das empresas nacionais no sector petrolífero tem estado a crescer, tendo destacado a necessidade de existir mais investimentos para que possam prestar serviços de qualidade às operadores que exploram hidrocarbonetos no Offshore e Onshore.

"Temos mais de 50 empresas registadas e vamos financiar a maior parte destas empresas", afirmou, acrescentando que o Conteúdo Local, nesse momento, está organizado e legalizado na Agência Nacional de Petróleo e Gás.

De acordo com o PCA do Petro Fund, Angola é o segundo produtor de petróleo em África e o Fórum de Petróleo e Gás em África visa criar sinergias para que o país seja parceiro de outros países que exploram petróleo e gás na região. Nesse momento, as grandes reservas de gás estão no Sul de África, nomeadamente Angola, Namíbia, Moçambique e Guiné Equatorial.

Em relação à capacitação de quadros do Conteúdo Local, Estanislau Baptista referiu que a instituição está a trabalhar com as Universidades que leccionam cursos de Petróleo e Gás. "Com o fórum vamos criar uma plataforma regional para poder desenvolver este sector em África", manifestou.

O presidente do Conselho de Administração da ALCFI, Criatian Mukaz considerou a implementação do Decreto Presidencial nº 271/20, um passo positivo e certo para o fomento do Conteúdo Local em Angola, tendo sublinhado que o sector está a se adaptar às novas leis e aos novos impulsos que o Governo tem estado a desenvolver desde 2017.

O encontro contou com a participação de especialistas do sector da região africana e do mundo. Foram debatidos temas como o "Potencial do Gás em África" e "Papel do Gás nas soluções de baixo carbono na transição energética em África".