O director do Centro Regional de Fiscalização das Pescas e Aquicultura das províncias do Zaire e Uíge, José Antero, deu a conhecer que a pesca de carapau ficará proibida a partir do dia 1 de Julho até 31 de Agosto.
José Antero esclareceu, que a proibição visa proteger a espécie durante o período de reprodução (veda), que o Ministério das Pescas e Recursos Marinhos decreta nos meses de Julho e Agosto.
A medida, referiu o responsável do Centro Regional, junta-se à proibição da captura das chamadas espécies demersais.
O responsável explicou que as espécies demersais, num total de 20 variedades, são as que habitam de 50 a 900 metros no fundo do mar.
Nesses grupos, segundo José Antero, constam a corvina, cachucho, garoupa, linguado, pescada, calafate, matona, marionga, bolo-bolo, camarão, choco, lula, entre outras espécies, cuja veda termina este mês.
José Antero disse que a pesca do carapau no país está cotada em quase 18 por cento e, muitas vezes, isto acontece durante a veda, não há paralisação total por parte das embarcações de pesca.
Como exemplo, José Antero apontou as embarcações de cerco que no período de reprodução podem continuar a actividade piscatória e chegam a capturar espécies como a sardinha.
Enquanto durar a proibição da pesca do carapau, os pescadores, artesanais e industriais, devem explorar outras espécies como a sardinha para abastecer o mercado.
José Antero disse que a nível da província do Zaire estão criados postos nos municípios do Nzeto e Soyo para permitir fiscalizar as embarcações.
Inspectores e observadores estão no “mar”, isto no Nzeto e nos postos de descarga de pescado do Soyo, para com vista à prevenção aos pescadores e depois para se detectarem os infractores e conduzi-los às instâncias competentes para as devidas punições, que podem ser administrativas ou judiciais.
O armador de pesca artesanal António Yakoba reconheceu a importância da veda, ao prever que o carapau deverá escassear, por alguns meses, nos mercados do peixe, mas para bem de todos pescadores, revendedores, peixeiras e apreciadores dessa espécie.
“O mercado voltará a ficar inundado de carapau e o preço pode ser baixo”, augurou. F