O ministro de Estado para a Coordenação Económica destacou, nesta quarta-feira, no Cuíto, que as políticas de investimento produtivo, que o Executivo tem vindo a implementar, têm contribuído, de forma significativa, para impulsionar e transformar a economia real do país.
José de Lima Massano evidenciou tal facto, durante a cerimónia de abertura da I edição do Fórum de Negócios do Bié (Expo-Bié), que vai decorrer até ao próximo sábado.
O governante apontou que o apoio às famílias camponesas, cooperati-vas agrícolas e pequenas empresas com o recurso às caixas comunitárias, bem como o alargamento de canais de irrigação para a mecanização agrícola estão a proporcionar o crescimento da produção alimentar em Angola.
O ministro indicou que o crescimento das empresas de pequeno e médio porte, fruto dos apoios de garantia que beneficiam do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), estão a sustentar o crescimento de vários projectos no sector Produtivo.
“Esses apoios, que contam com o financiamento do Banco Mundial, foram recentemente reforçados com mais 40 mil milhões de kwanzas, para a cobertura de projectos ligados à cadeia de logística, que está a ser estruturada ao longo do Corredor do Lobito”, disse.
De acordo com José de Lima Massano, a par das garantias de financiamento do FGC, junta-se também o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) que recentemente abriu os seus escritórios regionais na província do Huambo, para, de forma mais próxima, fazer chegar as soluções financeiras às localidades do Centro e Sul de Angola.
“Temos o desafio de transformar a produção agrícola e pecuária onde ocorre. Para tal, existe a necessidade de conformar a cadeia logística, para que os produtos possam ser processados, embalados e conservados localmente, criando mais valores e oportunidades de empregos às comunidades”, destacou.
O dirigente referiu que, progressivamente, o Executivo tem estado a investir em tecnologia de comunicação em zonas rurais para que o acesso à informação seja mais facilitado, particularmente, em municípios da Catabola e Camacupa, zonas com grandes centros de produção de grãos, que vão proporcionar aos cidadãos as técnicas e práticas agro-pecuárias.
Governo gasta 75 milhões de dólares
O ministro de Estado para a Coordenação Económica disse que o país gastou, no primeiro trimestre deste ano, cerca de 25 milhões de dólares para a importação de 151 mil toneladas de arroz.
Também referiu que, para a inversão deste quadro, o Executivo tem estudado um plano que passa pelo reforço das políticas e instrumentos de apoio ao investimento produtivo e do empreendedorismo.
“Temos gastado elevadas somas de dinheiro com a importação do arroz, por isso o Executivo pretende utilizar estes recursos gastos para apoiar, fortemente, a produção que é fomentada no Bié, e tem demonstrado potencialidades na produção deste cereal”, disse.
O ministro apontou a necessidade de se continuar a expandir os projectos energéticos colectivos ao longo do Corredor do Lobito e desenvolver capacidades produtivas que permitam explorar o potencial existente que podem proporcionar o bem-estar económico e social às populações que habitam as regiões ao longo da linha férrea.
Mil e 38 empregos
A governadora Celeste Adolfo disse que o evento visa promover a produção local, atrair investimentos e impulsionar a economia da província. A Expo-Bié ocupa 26.700 m², conta com mais de 435 expositores e gerou mais de mil empregos temporários.
O certame, sob o lema “50 anos de Independência, Produzir, Transformar e Desenvolver Angola”, decorre até sábado e distinguirá 17 categorias com prémios de reconhecimento.