O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, defendeu, nesta segunda-feira, em Luanda, a criação de uma indústria de telecomunicações angolana.
Mário Oliveira falava ao Jornal de Angola à margem da III Cimeira sobre Financiamento para o Desenvolvimento das Infra-estruturas em África, que decorre até 31 deste mês.
O ministro sustentou a necessidade do estabelecimento de parcerias público-privadas para a concretização dessa meta.
"Quando falo de indústria de telecomunicações, falo de produção de cabos de fibra óptica, torres de telecomunicações, antenas, rádios e outros equipamentos", especificou.
Para Mário Oliveira, a referida infra-estrutura irá contribuir para dinamização do sector em Angola e em África em geral.
O sector das telecomunicações é apontado como um dos principais na mobilização de financiamento no país.
Questionado sobre os projectos prioritários do sector, que carecem de verbas, apontou, igualmente, a extensão de cabos de fibra óptica, da digitalização nacional e a expansão do Angosat-2, que ocorre por meio da operação comercial para conectar áreas remotas e o alargamento de serviços de telecomunicações em Angola e em África.
Explicou, também, que o Executivo busca firmar parcerias regionais para expandir a comercialização dos serviços do satélite para outros países africanos, consolidando Angola como um centro tecnológico na região da SADC.
O ministro destacou, ainda, o interesse de um empresário sul-africano em construir no país, uma empresa de produção de material tecnológico como computadores e telefones. "
A cimeira só hoje começou, e até o momento ainda não tivemos demonstração de interesse por parte de investidores para o sector das telecomunicações, além do empresário da África do Sul que, recentemente, nos bateu à porta para apresentar o projecto de construção de uma empresa voltada a criação de computadores e telefones no nosso país", frisou.