A Empresa Nacional de Dimantes de Angola (ENDIAMA) projecta, para os próximos dois anos, duplicar a contribuição no sector com aumento da arrecadação de receitas dos actuais dois mil milhões para quatro mil milhões de dólares.
Esta perspectiva foi avançada pelo presidente do Conselho de Administração da ENDIAMA. José Manuel Ganga Júnior fez saber que a pretensão é tão somente garantir que o sector diamantífero ocupe a sua posição real na estrutura económica e de arrecadação de receitas.
Conforme disse, o peso do subsector de diamantes na economia nacional ainda é muito pouco, neste momento, mas que há empenho considerável para a melhoria substancial na contribuição em termos da balança comercial e nos Programas de Investimentos Públicos.
O presidente do Conselho de Administração da Endiama, José Manuel Ganga Júnior afirmou, no Lucapa, província da Lunda-Norte, à margem da inauguração da Sociedade Mineira "Yetwene” Limitada, que a nova mina, embora seja de pequena dimensão, por ser de aluvião, representa muito para a empresa e está inserida no âmbito da execução de um programa que visa em primeiro lugar a criação de riqueza, de postos de trabalho e aumento dos volumes de produção.
"Naturalmente que, hoje, não obstante à dimensão que tem, enquadrou já 500 trabalhadores directos, e do ponto de vista da força de trabalho indirecta, esse número é para multiplicar com certeza, daí que não é só o grande volume de produção que trará o aumento das receitas, mas, essencialmente, a criação de riqueza interna a nível da região que bem merece”, disse.
Lapidação de diamantes
José Manuel Ganga Júnior disse que a Endiama traçou uma meta por atingir de 20 por cento como quota na lapidação interna de diamantes.
Actualmente, contam-se sete fábricas de lapidação e, nos próximos dois anos, pretende-se multiplicar o número de fábricas com realce para o Pólo de Saurimo, sendo que estão em curso trabalhos que visam a construção de infra-estruturas semelhantes ou de menor dimensão na cidade do Dundo, província da Lunda-Norte, de modo a melhorar a prestação. O PCA da Endiama abordou também a situação dos ex-trabalhadores das distintas empresas mineiras, que reclamavam pelas pensões de reforma.
"Tranquilizou os mesmos afirmando que a Endiama tem regularizada a situação a 100 por cento, sublinhando que a empresa teve de contribuir, suportando, integralmente, os custos de todos os ex-trabalhadores a fim de passarem a beneficiar da reforma”, disse.
De acordo com Ganga Júnior, essa situação está integralmente resolvida. Os ex-trabalhadores das empresas mineiras do Cambulo, Lucapa e Cuango, muitos deles já beneficiam das respectivas pensões de reforma, enquanto outros, apesar da situação estar regularizada, encontram-se em processamento junto do Instituto Nacional de Segurança Social. José Manuel Ganga Júnior referiu que fechar um projecto mineiro por falência é normal, porque as minas não são eternas, mas é importante regularizar algumas situações como o processo de liquidação, tratar dos assuntos pendentes com os trabalhadores de modo a evitar situações do género.
O PCA deixou claro que, doravante, a Endiama não vai permitir mais que situações dessa natureza ocorram, pois não faz sentido que os trabalhadores depois de contribuírem não tenham a pensão de reforma.
Em relação aos ex-trabalhadores ainda em idade activa, todos foram encaminhados para os distintos projectos mineiros.
"Só não está a trabalhar quem não quiser trabalhar. Temos esse assunto, integralmente, regularizado. Cada projecto tem a lista onde constam os nomes dos ex-trabalhadores, as empresas só esperam que apareçam para começarem a trabalhar”, afirmou.