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EMPRESÁRIOS DEVIAM TER BENEFÍCIOS FISCAIS NA REGIÃO

  22 May 2023

EMPRESÁRIOS DEVIAM TER BENEFÍCIOS FISCAIS NA REGIÃO

Várias empresas do ramo de exploração mineira, florestal, comercial e prestação de serviços, que desenvolvem actividade em vários pontos da província do Cuanza-Norte, não têm os seus benefícios fiscais domiciliados na região, o que impossibilita a arrecadação cada vez maior de receitas locais para os cofres do Estado, afirmou, recentemente, o director provincial do Gabinete de Desenvolvimento Económico e Integrado, Fernando Humberto Mesquita.

Segundo o responsável, tais empresas estão complementarmente desconectadas da realidade económica da província, sendo que todos os benefícios fiscais, que deveriam ser alocados para esta zona, acabam por beneficiar Luanda, onde os seus escritórios se encontram.

Para Fernando Mesquita, faltou um elo de ligação entre eles e o Estado, com o funcionamento de uma associação de empresários bem mais activa ou a existência de uma câmara de comércio para os controlar e exigir a contribuição local por parte dos mesmos, quer seja em Ndalatando como nos demais municípios da província.

Considerou fraco o tecido empresarial do Cuanza-Norte, a julgar concretamente pelo número de grandes e médias empresas que a província possui. Referiu que a província detém uma classe informal dentro do sector económico na ordem dos 80 por cento e há toda a necessidade de se começar a exigir dos empresários para desempenharem o seu verdadeiro papel.

Segundo o responsável, o Cuanza-Norte tem grandes empresas, ligadas à exploração mineira, agropecuária, comércio, florestal, prestação de serviços, construção civil e outras, mas que estão em baixa produtividade.

Para Fernando Mesquita, nos próximos dias, com a abertura da Expo-Cuanza-Norte, começa uma campanha de cadastramento no âmbito do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), para ver se consegue cadastrar um maior número de agentes informais para daqui em diante passar-se a retirar grandes quantidades de dinheiro que andam fora do circuito formal do Estado e pôr a economia da província a funcionar em pleno.

Documentos legais

Para a presidente da Associação dos Empresários do Cuanza-Norte, Nádia Patrícia Laranjeira, os empresários do Cuanza-Norte estão espalhados pelos 10 municípios da província e exercem alguma actividade.

Segundo ela, o Cuanza-Norte tem um mercado ainda um bocado abafado e com poucas saídas em qualquer uma das áreas.

"Tens vendas durante 10 ou 12 dias no mês, mas os restantes dias quase que não tens vendas e então isso acaba por sufocar o empresário e muitos desistem. Os que persistiram até hoje são considerados verdadeiros combatentes, porque não é fácil”, frisou.

De acordo com Nádia Laranjeira, a Associação dos Empresários do Cuanza-Norte trabalha de modo a incentivar os comerciantes e empreendedores locais a se manterem no mercado, de modo a ganharem experiência e conhecimento sobre o mundo dos negócios.

"Nesta altura, temos cerca de 115 empresas dos mais variados sectores de actividade no mercado local, entre antigas e novas, e procuramos puxá-las e incentivá-las com vários atractivos, de modo a se manterem no activo”, finalizou.

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